Conselho Nacional de Justiça realizará inspeção no Tribunal de Justiça do Maranhão
A transparência no Poder Judiciário é um dos pilares fundamentais para garantir a confiança da população no sistema de Justiça. Nesse contexto, o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se destaca como uma instância essencial de fiscalização e aperfeiçoamento das atividades judiciais e administrativas nos tribunais brasi-leiros.
Como parte desse esforço, o CNJ re-alizará, entre os dias 3 e 6 de fevereiro, uma inspeção no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), logo no início do ano judiciário. A determinação foi emitida em novembro do ano passado pelo corregedor nacional de Justi-ça, ministro Mauro Campbell Mar-ques, e busca avaliar os procedimentos administrativos e judiciais adotados pela corte estadual, com o objetivo de melhorar a prestação de serviços à sociedade, tanto na primeira quanto na segunda instâncias.
A ação incluirá a análise de diversas áreas do TJ-MA, como a presidência, vice-presidência, corregedoria esta-dual, gabinetes de desembargadores, além de unidades judiciais e serventias extrajudiciais – responsáveis por serviços de registro e tabelionato. A inspeção será coordenada pelo desembargador Arnoldo Camanho de Assis e pelo juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, ambos integrantes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
Durante a vistoria, o CNJ contará com o apoio de ao menos um juiz e um servidor do Judiciário maranhen-se, que deverão fornecer informações sobre o funcionamento das unidades inspecionadas. Para as atividades, o TJ-MA deverá disponibilizar uma sala no Palácio da Justiça Clóvis Beviláqua, equipada com computadores conectados à internet e uma impressora. O acesso aos sistemas judiciais e administrativos da corte, incluindo aqueles de caráter sigiloso, será irrestrito à equipe do CNJ.
Ainda que as atividades administrativas e jurisdicionais continuem normalmente durante o período da inspeção, a ação permitirá a participação voluntária de autoridades como o presidente do TJ-MA, desembargador Froz Sobrinho, e o corregedor-geral de Justiça, desembargador José Luiz de Almeida. Representantes do Ministério Público estadual, da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) e da Defensoria Pública do Estado também poderão ser convidados a acompanhar o processo.
Conforme previsto na portaria que regulamenta a medida, o relatório final da inspeção tramitará sob segredo de Justiça. Caso sejam detectadas irregularidades graves, a Corregedoria Nacional pode instaurar sindicâncias investigativas para aprofundar os casos apontados.
Do O Imparcial
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