Há 38 anos morria Tancredo Neves o primeiro presidente eleito pelo voto indireto após ditadura

O primeiro presidente civil eleito indiretamente depois da ditadura militar, Tancredo Neves, morria no dia 21 de Abril de 1985. O povo brasileiro esperava uma grande festa com o fundador da chamada Nova República, mas a doença e a morte surpreenderam a população.

Um dia antes da posse, na missa no santuário Dom Bosco, Tancredo passou mal, foi para casa e mais tarde teve que ser internado às pressas, no dia 14 de março de 1985. Trinta e oito dias depois, morreu sem assumir o cargo.

Durante a missa, Tancredo demonstrou repetidas vezes um desconforto, levando a mão direita à barriga por cima do paletó, num disfarçado gesto de dor. Ao sair da igreja, evitou os jornalistas e também dispensou os cumprimentos dos convidados.

Tancredo Neves havia sido eleito pelo colégio eleitoral um sistema indireto de escolha do presidente, que reunia os membros do Congresso Nacional e representantes das Assembleias Legislativas dos estados para enfrentar o candidato oficial, o então deputado federal Paulo Maluf.

Tancredo foi internado à noite, no Hospital de Base, em Brasília, com uma crise aguda de diverticulite. A cirurgia foi de emergência. Um teste para o povo brasileiro sobre a capacidade para enfrentar crises depois de 20 anos do regime militar.

Foram 38 dias de agonia. Um sofrimento acompanhado pelo povo brasileiro, ora com esperanças, ora com temor a cada boletim médico divulgado. Mas Tancredo Neves, aos 75 anos, não resistiu. O coração dele entrou em colapso, sucumbiu a uma infecção generalizada. Tancredo Neves morreu em 21 de abril, uma noite de domingo, dia de Tiradentes.

Ele foi um grande articulador do movimento popular por mudanças políticas que marcou a história do Brasil: o Diretas Já. Apesar de ter participado da luta pelas eleições diretas, não viveu para presenciá-las.

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