Dilma volta a prestigiar Sarney

Em mais uma demonstração pública de afirmação de sua autoridade e da animosidade que marca a relação entre os partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff confirmou ontem a escolha do engenheiro Flávio Decat para presidir Furnas Centrais Elétricas.
Dilma tinha a intenção de levar Decat para a Eletrobrás, mas a crise política vivida por Furnas, com a circulação de dossiês e acusações mútuas entre petistas e peemedebistas, foi decisiva para fazê-la mudar a escolha.
Flávio Decat, que ultimamente estava no Grupo Energia, do setor privado, tem o apoio de Sarney e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Sarney elegeu-se para a presidência do Senado pela quarta vez na terça-feira. Muniz Filho, que agora deverá ir para a Eletronorte, também é afilhado de Sarney.
A escolha de Decat para a presidência de Furnas teve três objetivos: além da afirmação da autoridade presidencial e de fazer mais um agrado ao grupo do senador José Sarney, serviu de punição ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), padrinho do atual presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho.
Dilma mostrou a Cunha que só negociará com o PMDB como um todo, deixando de atender pleitos solitários. Na crise de Furnas, a presidente optou por ignorar o PMDB da Câmara, ao mesmo tempo em que fortaleceu a bancada do partido no Senado e seus líderes.

Materia do Blog do Decio 

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