O TRE homologou nesta sexta-feira o resultado das eleições no Maranhão. O documento disponibilizado pelo tribunal já exclui o deputado Cleber Verde da relação dos deputados federais eleitos, além de colocar o deputado estadual Tatá Milhomem (DEM) como primeiro suplente do chapão (veja reprodução abaixo). Cleber Verde teve 126 mil votos, mas foi cassado pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa. Ele foi demitido do INSS, em 2003, acusado de inserir dados falsos no sistema do órgão. O deputado está recorrendo da decisão do TSE e seu nome sequer aparece no documento do TRE. No lugar dele aparece como eleito Davi Alves Silva Jr., o Davizinho (PR). O problema de Tatá Milhomem (DEM) foi outro. Ele foi eleito na sobra do “chapão”. No entanto, o TSE validou os R$ 20 mil votos obtidos por Raimundo Louro (PR). Ele havia sido cassado pelo TRE por ter contas rejeitadas no TCE. Com isso, a coligação que havia elegido apenas Jota Pinto (PR) e Alexandre Almeida (PTdoB), ficou com três eleitos. Com a homologação do resultado, o candidato “chorão” Flávio Dino (PCdoB) vai poder sonhar com a anulação dos votos em algumas seções no sentido de ainda tentar forçar a realização do segundo turno. Ele ajuizou um processo alegando que várias seções realizaram votação após as 17 horas e não houve alguns procedimentos prévios para a lisura do pleito. Se não houve tais procedimentos, um dos culpados é o próprio candidato que não fiscalizou corretamente. A fraude após as 17 horas acontece quando mesários em conluio com presidentes de mesa e fiscais votam por eleitores que não compareceram. Neste caso a própria Justiça Eleitoral seria partícipe do crime, o que é pouco provável.Na verdade, Flávio Dino está exercendo o universal direito de espernear. É o que nos meios jurídicos se chama “jus sperniandi”. Matéria do Blog do Decio de Sá