Morre maranhense Joãosinho Trinta, o maior carnavalesco do Brasil

 O Globo

O carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, conhecido como Joãosinho Trinta, de 78 anos, morreu às 9h55m da manhã deste sábado. Ele estava internado em estado grave e respirava com ajuda de aparelhos no Hospital UDI, em São Luís, no Maranhão. O hospital informou que as causas da morte foram choque séptico secundário, pneumonia e infecção urinária. O velório acontece no Museu Histórico do Maranhão, no Centro, e o enterro será na manhã de segunda-feira no Cemitério do Gavião, também no Centro.
Joãosinho foi internado no dia 3 de dezembro com pneumonia. Ele estava no Maranhão atuando em projetos da Secretaria da Cultura para os 400 anos de São Luís, comemorados em 2012.

O transformador do carnaval carioca
Quando desembarcou sozinho no cais do porto do Rio de Janeiro em 1951, o maranhense João Clemente Jorge Trinta nem imaginava que mudaria definitivamente a cara do carnaval carioca e se tornaria o mais festejado e criativo carnavalesco de escolas de samba. Então com 17 anos, queria ser bailarino clássico.
Nascido em 23 de novembro de 1933, em São Luís, filho de operários, ele chegou a passar fome até conseguir ingressar no corpo de baile do Teatro Municipal. Como tinha interesse por quase tudo na montagem de um espetáculo, acumulou funções de bailarino, figurinista e cenógrafo.
A entrada para o samba foi em 1963, quando Joãosinho abandonou as sapatilhas, levado para o Salgueiro pelo carnavalesco Arlindo Rodrigues. Foi aí que começou sua paixão pelo carnaval. Dez anos depois, quando seu padrinho deixou a escola, ele assumiu a função de carnavalesco. Em 1974, ganhava seu primeiro título, com o enredo “O rei da França na Ilha da Assombração”. No ano seguinte, tornou-se bicampeão com “As minas do rei Salomão”.

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